segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Um conto #1

O que ela deveria fazer

Como já tinha sido avisada e não ouviu, foi levada ao seu pior pesadelo: conhecer o alvo dos seus ataques mortalmente criminais de ciúmes, a ex sub, que pra ela não tinha nada de ex, muito menos de sub. Ela se achava o modelo Cadela do Ano só por ter um 24/7 que nenhuma das outras tivera. Mas ela tinha essa fraqueza, e seu Dono sabia como machucar. Era um castigo.

Com todas as caras feias do mundo, ela falava alto e resmungava, ela nao queria nada que lhe oferecido, e o que sempre fora bonito, naquele dia era feio, ela queria briga. Como se estivesse já no corredor da morte e um cuspe no policial não lhe aumentasse a pena.

Ela estava sendo presenteada, tinha que escolher uma ligerie pra sessão. Uma não, duas, a outra seria pra sua "irmãzinha", Ele fazia questão de lhe chamar assim. Mas ela não achava nada interessante e botava a culpa naquela cidade horrorosa onde sua irmazinha da noite morava. Ela odiava uma cidade inteira por causa dessa "escravinha".

Escolheu finalmente duas cores que gostava, a roxa e a verde, a lingerie roxa ficaria com sua irmazinha porque, apesar de ela gostar de roxo, seu Dono é que gostava de verde, então ela escolheu a lingerie roxa para a outra, fingindo certa simpatia, quando na verdade ela ficaria com o verde que seu Dono gostava da cor. Birra.

Pois bem, chegaram. E dessa vez, excepcionalmente, ela não fora vendada, ela tinha que ver, esse era o castigo. A outra já estava sentada numa cadeira, ao lado da cama, vendada por si só, vestida numa lingerie preta.

Ele chegou, e como em todas as sessões, não falou uma palavra, tirou a roupa da sub que já o esperava, Pink era o seu nome, que a oficial, Ivy, fazia questão de esquecer.

Ela encheu os olhos de lágrimas e o pensamento de raiva ao vê-lo despindo aquela vadiazinha, que era mais uma safada do que uma sub de verdade, não era capaz de baixar a orelha como ela fazia. Mas quase não baixou a orelha para o que veio a seguir:

_ Dê o seu presente a ela, Ivy, vista-a, DELICADAMENTE.

Ela,já vestida - sempre se vestia sozinha e achava isso uma indelicadeza - se virou para o pacote com a lingerie e, de costas para o seu Dono, deixou rolar as pesadas lágrimas, sem nenhum som.

Encostou, - delicadamente - no ombro de Pink e falou meio pra dentro: Oi, levanta um segundo, por favor...

A menina gélida foi vestida pela garota trêmula e bicuda, chorosa. Seu Dono sabia, mas deixava. Ele sabia que ela não derramaria uma lágrima na frente de Pink, mesmo com esta vendada. Seu orgulho ia junto com ela pro caixão, mesmo que este fosse seu assassino.

Vestindo-a, Ivy sentiu seu sexo quente, e já molhado... Quis contar ao Dono que ela estava assim sem Sua permissão ou toque, mas ela própria sentiu certo calor ao observá-la... Sendo assim, apenas seguiu as ordens e a vestiu. Pink a agradeceu com uma voz que ela leu ser deboche. Ivy se sentia o pior dos lixos e seus olhos imploravam misericórdia quando se direcionavam ao Dono. Ele? já sabia... Mas deixava.

Amarrou Ivy no pé da cama, com a coleira dela, o que a deixou menos triste e já mais prepotente, mas ela logo pedera a pose quando ele colocou Pink de quatro na cama, deixando Ivy e sua pose amarrada na beira da cama, com sua super coleira.

Ele puxou o cabelo de Pink, fazendo-a levantar e encostar suas costas Nele, estando os dois de joelhos. Ele a deixou nessa posição,se virou para a frente dela, e antes de qualquer outra coisa, Ivy estava com as mãos sobre o rosto, chorando, mas curiosa. Ele chamou atenção: "Cadê vc?!" Ivy respondeu simplesmente "aqui..."

Ele então beijou suave e longamente sua "irmãzinha", beijou num ato cenográfico, como baunilhas apaixonados, não fosse amarras nas mãos dela, seria uma cena de romance americano. Parou este beijo com um puxão nos seus cabelos, a deitando e lhe rasgando a lingerie, deixando marcas delas naquela pele branquela e sensível, e quente... Pedindo que fosse consumida...

Soltou Ivy do pé da cama, que estava aprendendo rápido, e já soltando a corrente da coleira, agradeceu a sua "liberdade". Ele assentiu com a cabeça, apontou para Pink e disse: prepare ela. Ela está timida com vc aqui, porque na verdade ela é uma safada...

Sua lágrimas não correram naquele momento. O que ela não sabia se era certo ou não, mas ela queria ter o sexo da irmazinha sentindo sua língua, ela queria sentir todo aquele tesão que vira, com a sua boca. Toda delicada, mas nao se fez de rogada quando lhe foi oferecido um dos seus melhores pratos...

Pink gemia alto, tomando um tapa a cada escândalo, mas o gemido era de prazer. Sabendo que ela estava gostando e por isso gemia e por isso apanhava, Ivy a sugava ainda mais, penetrava o máximo que podia sua língua sedenta de um sabor feminino, e Pink gritava, e apanhava. Era o seu prazer mais sádico, mais vingativo, como se Pink não estivesse gostando de apanhar e ser chupada ao mesmo tempo...

Pink estava de quatro outra vez. E Ivy deitada embaixo, lambendo seus mamilos, a essas alturas pouco se importava em quem era Dono de quem, quem era sub e quem era vadia, que tinha coleira e quem nao tinha. Ela só queria agradá-lo. Sua lágrimas secaram na buceta dela, dela que as fez começar...

Ele disse a Ivy:

_ Pare de ser a vadia que vc é com essa escrava e venha aqui, chupar seu Dono que vc tanto preza e quer só pra vc, sua cadela egoísta!

Ivy saiu imediatamente debaixo de Pink, que já pingava e exigia atenção, gemendo e pedindo, sem se calar. Ivy conseguiu ao menos ser a primeira a tocar o sexo do seu Dono, e se vangloriava a cada ponto, mas ainda sabendo que esta não era uma situação de glorias, e sim de castigo, nunca agia desrespeitosamente, mas isso só depois do primeiro castigo de ver o beijo apaixonado do seu Dono com ela.

Achando que continuaria a somar pontos, se sentiu mais uma vez desprezada quando ele penetrou Pink, dizendo a ela que dessa vez ela não sentiria seu tesão pulsando dentro dela. Mais um corte no seu orgulho que insistia em ser participante desta sessão.

Enquanto ele fodia Pink, mandou Ivy ir buscar em sua bolsa o consolo, para que ela se divertisse também, dizendo que ele não era tão mal assim. Ivy, como sempre só depois da porrada, agradeceu a gentileza dele lhe permitir o consolo. Ela se encaixou novamente embaixo de Pink, que estava de quatro, e se masturbou com o consolo vendo a escrava vendada fazer caras de prazer e gemer praticamente em seu ouvido, porque tinha o pau do Seu Dono dentro dela, e disso Ivy se orgulhou, se sentiu por um segundo realmente egoista quando não desejou que isso acontecesse.

Quando Pink anunciou o ápice do seu tesão, sem permissão, Ele se retirou imediatamente de dentro dela, puxando-a pelos cabelos e lhe dando uma bronca, tão espontaneamente que Ivy se assustou, acordando da sua dimensão no êxtase.

Por gozar sem permissão, Pink fora posta de pé, e amordaçada muito alegremente pela rival, que nao deixou transparecer tal alegria. Mas Ele viu.

- Ivy, ajoelhe-se aqui (a frente de Pink, não queria que ela soubesse). Agora apoie-se nos pés dela, vc vai precisar de um apoio...

Entre as pernas de Pink, Ivy viu Ele mexer na bolsa e tirar a cane de lá, e por isso Ele deu uma com a cane nas costas de Pink, que a fez quase ajoelhar na cabeça de Ivy e que fez Ivy pular com o barulho. Tirou a mordaça de Ivy apenas para lhe dizer:

- Esta é pela sua irmã, Pink, por que ela me encarou. Ela está vendo todas as suas reações, vc não verá as dela.

Pink tinha raiva de Ivy por isso, mas sabia que o castigo dado nela era na verdade de Ivy, e assim respondeu doce e provocantemente: "sim senhor, senhor!"

Ivy, ainda mais humilhada e esperanho a cane arder na sua pele,só podia abraçar as pernas da irmã postiça como um ateu que assume a cristandade como sua salvação.

A cada chibatada com a cane ela abraçava mais forte as pernas de Pink, quase a tirando do lugar, e por vezes a mordia, mas Pink, com a mordaça, não chamava a atenção Dele. Ela não queria chorar na frente de Pink, mas as canes sempre pediam lágrimas, as canes nunca saiam sem um pedaço a menos. Eram varas de bambu, seu dono prefiria as coisas mais superficiais para uma sessão, as mais imprevisiveis, e a cane era uma delas, menores a cada sessão, a cada surra.

Por isso Ivy começou a chorar nos pés de Pink. Chorou porque estava nos pés dela, porque estava onde jamais gostaria de estar,chorou porque estava gostando de estar, chorou porque a cane queimava e cortava sua pele.

"Quer que eu pare?" Ele perguntava.

_ NÃO! Gritava Ivy, não por desrespeito, mas pela adrenalina, pela dor.

_ Que bom, porque eu realmente não vou parar.

Sentado na cama, com Ivy aos pés de Pink, ele bateu até ver que uma ferida se abria de tanto bater no mesmo lugar. Tirou a venda de Pink e a deixou ali, conhecendo a irmã, enquanto esta ainda soluçava nos pés dela, sem coragem de levantar a cabeça, ainda mais humilhada com a outra lhe conhecendo com os olhos.

_ Levante-se Ivy, a Pink vai cuidar de vc.

Calada,pink ofereceu a toalha de rosto que estava no banheiro da suite, tirando os cabelos de Ivy do rosto e molhando seu rosto na agua da pia. Completamente entregue, Ivy retribuiu a gentileza dando-lhe o roupão, cobrindo seu corpo nu por ter a lingerie arrancada pelo Dono.

_ Muito bem, vcs são as irmãs que eu sempre disse que eram, aprendam isso. Até quando eu quiser.

Sendo assim, elas se deram um beijo carinhoso, ainda quente, ainda prazeroso... Ivy perdeu toda sua dignidade e orgulho. Afinal, o que ela poderia fazer?

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Uma carta para Ela.

Já que você foi implicitamente mencionada anteriormente, já que seu sorriso de bruxa não sai da minha cabeça nos ultimo tempos - e isso não é normal - deixa-me dizer:

Quero uma irmã como vc, que poderia muito bem satisfazer comigo desejos Dele, como bem já fez e que eu soube sem mágoa, pois naquele sábado fiquei lisonjeada por ter sido a única usada, mas também achei muito egoísmo da minha parte que Ele não sentisse teu gosto.

Se fosse para escolher de verdade, seria você a cuidar dos pés Dele enquanto eu Lhe fazia o jantar. Ou o contrário. Se fosse para escolher se verdade, seria você a amenizar a saudade que sinto Dele.

Mas não se pensa em você sem ter mágoa, sem ter medo. Não importa do que meu castelo é feito, vou protegê-lo com unhas e dentes, bem como uma Cadela deve fazer. E você não pode chegar perto. Infelizmente. E esse é o meu querer, que também pode ser vetado. Desejo ambíguo.

Se eu sou avaliativa com qualquer cadela que, ao meu ver, poderia se tornar minha irmã, com vc não seria diferente, teria que ter muito mais que olhos maliciosos e verdes para ser sub. Mas, como vc provavelmente gostou de fazer, se tornou Top. Para mim continua sendo "você". Continua sendo ótima amiga, linda e inesquecível. Também continua sendo perigosa. Venenosa. Este é um conjunto atraente e medonho.

No final das contas, se tivesse ficado apenas naquele sábado, como realmente deveria - e pago até hoje por isso com a minha consciência - eu não estaria com a sua risada na mnha cabeça, tampouco seu gosto na lembrança.

Tenho ganas de conversar com vc, te chamar pra cá e te mostrar que eu também consegui o que queria, e foi, em parte, a exemplo seu, que deixei tudo para trás e me entreguei a um 24/7. Mas espero que essa vontade passe, quero que passe.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Ela

Não sei o que dizer, há muito pensamento, pouco tempo ou coragem, irreversivelmente prazeroso pra dizer que não vale te escrever aqui...


Que a letra diga metade do que eu acho/sinto/penso







Sem deixar jamais de agradecer ao Meu Dono, que permitiu tão deliciosa noite...




...Não deixaria passar...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Play - Parte VII - FINAL

VII


Meu Amo já estava sentado, sentei no chão para lhe massagear os pés, depois que a sub que diviviu as costas do Northon comigo, trouxe ao meu Dono um lanche... Não gostei, não só por ciume, que foi a primeira reação. Mas também porque, se Ele queria comer, EU não deveria estar a postos para Lhe servir? E se ela teve essa ideia magnifica de lhe servir sem Ele pedir, porque EU não tive essa ideia? Depois larguei. Deixa, ela Lhe fez um favor. Logo mais uma irmã também fará isso.


Descemos. Ficamos conversando bom tempo e vendo as fotos do que se passou. Dali realmente meu "ato domme" ja estava começando a me trazer arrependimento. Eu não deveria ter feito isso, mas o que me motivou também foi ver o rosto do meu Amo e me parecer que ele estava gostando. Ficamos conversando por bom tempo até ir deitar.


Mal chegamos no quarto e meu Amo perguntou se eu queria convidar alguem para dormir conosco. Vontade minha não faltava, respondi. Mas quem eu queria claramente não estava querendo, e quem ele queria não parecia muito querer também, ja estava se arrumando para dormir. Mesmo assim, não precisamos de ninguém para gozar juntos e o meu pedido para gozar pôde ser feito em claro e bom som...


Dia seguinte eu a Hund amanhecemos com coleiras. Um mais feliz que o outro. Todos lá fora exibindo suas marcas... Pareciam cachorrinhos se divertindo no pet shop depois de um grande dia no parque. Ultimo dia... Mas uma questão que continua é a nossa relação com nossos Donos, disse o Hund antes de partirem todos. Hund foi um dos que mais me ensinou ali. Os meus proprios atos anteriores a sessão daquele fim de semana também me ensinaram muito.
Os dois participaram de sessões. Os dois sairam satisfeitos com suas marcas, cada um a seu nível.


Nada melhor do que eu tenho, um Dono a quem eu possa servir 24 horas por dia, 7 dias por semana, não importam as teorias do que é ter um 24/7. Ele está na minha mente, na minha pele com seu cheiro, na minha alma. Deixa vir os carinhos no joelho ou os lanches servidos de boa vontade. O que eu tenho é maior, o que eu sinto é maior. Sem esperar nada em troca. O que eu carrego no pescoço me diz isso.




domingo, 8 de maio de 2011

Play - Parte VI

VI

O momento parecia estar "nas minhas mãos". Não me lembro como resolvi banhar de cera quente o outro sub que pediu. Permissão do meu Amo, lá fui eu. Duas velas dispostas e revezando-se, e com muito cuidado eu anunciava os lugares onde jogaria a cera para que ele se preparasse. No alto das costas tomei o cuidados de colocar a mão protegendo a nuca dele para a cera não escorrer para lá. Mas esqueci de anunciar as proximas jorradas de cera quando a Switcher Rafinha voltou, a convidei com a vela que estava sobrando para nos divertimos nas costas do Vini. "1, 2, 3... Vamos?" Vamos, ela respondia. Realmente foi interessantíssimo chicotear o Mestre Logos e jogar cera no Vini com a companhia dela. Até esqueci que ela "acariciou os joelhos" do meu Amo. Sem ressentimentos. O ponto mais sádito da minha parte com as ceras foi logo após uma outra sub me chamar algumas vezes, baixinho e dizer com cara de pena: "Para, Jeh..." Poxa, ela com certeza sabia que ele estava gostando, primeiro que pra isso serviam as safewords previamente combinadas, segundo que ela não me dava ordens nem como superior - ela era sub - muito menos como minha dona! Avistei as juntas internas do joelho do Vini e sem prévio aviso as enchi de cera. Ele xingou em frances e eu interpretei como "filha da puta!" E disse ao meu Amo, que ja tinha ouvido e visto, claro. Ele respondeu, divertindo-se: "cera nele!".



Houve uma hora em que o Vini me tratou como "senhora". Respondi a ele que não era Senhora, que estava ali pelo meu Amo. Depois pensei: "deve ser desconfortante para ele saber que eu não quero uma posição superior" mas depois concluí que submissão perante uma sub comandada por seu Dono é muito mais rastejante que o lugar submisso-Dono. E isso não é ruim.



Queria parar, até porque a vela não ajudava. Eu estava claramente achando graça da situação, tanto que meu Amo brincou que ganhou uma Domme/Swtcher e eu logo rebati que não, porque realmente é melhor sentir do que fazer sentir, pra mim. Meu Amo não quis que eu parasse e resolveu trocar a cera verde pela vermelha.




Agora eu com a vermelha e a Rafinha com a amarela, fizemos uma arte nas costas do sub. Até chegar o PX, de novo... E depois o Mestre Logos, já recomposto e sem cera nas costas, com a vela acesa desde manhã, para dar o golpe final... Tanto que quando comentamos que eu e a Rafinha tiraríamos a cera carinhosamente a chicotadas, ninguem mais viu o Vini, que logo entrou no chuveiro e se limpou sozinho.



Mais algumas chicotadas no Northon, quase a contragosto, pois estava quase oficializando algo que não queria ali, o posto de pré-switcher. Dei poucas chicotadas com a sub que antes tinha me pedido para parar, estava agora sendo contraditória, mas fomos juntas. O que me fez desistir mais rapido também era que eu nao estava com o chicote que ganhei, mas com outro chicote nosso, que não era tao bom. O fato de o sub ainda estar de cuecas também não me animou muito, não queria pedir para tirá-las.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Play - parte V

V

Peguei primeiro o chicote da MistressAmanda. Fique admirada que com tanta suavidade se provocava tanta dor. Por isso eu fui tentar, pedi ao meu Amo, curiosidade. Ela me ensinou, mas não aprendi. Alguém disse então para que eu pegasse o meu chicote, o do meu Amo, que ainda se fazia existir ardendo em minha pele.

Chicotadas tortas e mal dadas, até que meu Amo me ensinou um jeito simples de manuseá-lo. Aprendi rápido, tão rápido quanto a velocidade que eu aplicava nele e nas costas do Mestre Logos, que agora não perecia mais estar curtindo Heavy Metal, balançando o corpo todo. Mas também não reclamava ou gemia de prazer. Sendo assim, eu simplesmente  abusava, não do "poder" que eu tinha, mas sim do limite que o  masoquista NÃO tinha. Me deliciava com o barulho do chicote, e fiquei com inveja das marcas que ele fez...
Seguindo as chicotadas, convidei a switcher a pintar as costas do masoquista sem limites. Ela pegou um outro  chicote nosso, que talvez fossem os unicos inteiros ainda, porque a MistressAmanda conseguiu quebrar os outros que existiam, e provavelmente as costas que sentiram os chicotes se arrebentarem adoraram...


Eu e a Rafinha dávamos chicotadas em sequencia, não se ouvia nada além do estalar dos chicotes nas costas do Mestre Logos. Meu Amo mandou eu parar e disse: "Jeh, pergunta se ele tá bem". Mal fiz a pergunta ele já respondeu que estava tudo bem e eu continuei, o que não foi observado pelos presentes, pareceu que eu nem havia lhe dado tempo de resposta. Parecendo duas crianças, uma que não sabe bater e outra que não sabe apanhar...

Entreguei o chicote nas mãos do meu Amo, para dar licença ao MindFucker para chicotear quem nem precisava pedir por isso. PX tinha nas mãos uma corda de nylon, dada várias voltas, e parecia estar bem sedento... Deu só três, suficientes para que meu Amo e MistressAmanda o tirassem da brincadeira. Parecia não ter noção da própria força, assim como o masoquista também não parecia ter noção dos próprios limites, mas que também sentiu dor e finalmente as expressou com caras, bocas e palavrões em inglês. Finalmente alguém havia feito o masoca pedir agua, mas era visualmente apenas, porque ele não disse as safewords. Também não precisaria com tantos diante do dançar do PX, o corpo indo e vindo manuseando a corda dobrada propositalmente, e a força dos braços pedindo para ser parada pelos Dons. Sem safewords Mestre Logos foi caridosamente retirado das amarras, depois de derramada cera quente nas costas e, como se não bastasse, banhou-se de alcool e andou entre as velas postas no chão.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Play - parte IV

IV

Aquela sessão não se resumiu apenas a tapas. ele vinha para perto, me permitia recostar no Seu corpo, curava minha sede. De líquido e do Seu toque; me dava cócegas com as quais eu fazia escândalos sem me conter, tanto que quebrei as tornozeleiras assim. Mas não era motivo para juntar as pernas, do mesmo jeito que quando a mordaça amoleceu eu fiquei em silêncio. Então mantive as pernas afastadas para que o chicote e o cinto viessem me deixar ensopada de tesão... Sem pedir, mas sem gozar também. Ele me perguntou se eu cedia meu lugar, primeiro entendi minha posição de sub Dele, meu lugar de cadela Dele. Disse baixinho que sim. Ele novamente perguntou, respondi mais claramente que cederia se ele assim o quisesse. Então me soltou e mandou que eu fosse me vestir.

 
Sem olhar ao redor, fui direto ao outro cômodo com espelho, para vestir meu corsete e minhas meias. Lindas, simplesmente lindas as minhas manchas... Tanto que pedi para que me deixasse marcas antes do encontro, e meu Dono se negou, para que pintasse meu corpo na hora certa, a frente de todos. Lindas minhas manchas... 


Saindo do quarto, não entendi porque "meu lugar" não tinha sido ocupado. Mesmo assim, ficamos agora só a admirar a Domme batendo no masoquista do grupo, visto que ela já tinha se divertido com seu sub Hund. Simplesmente linda, sentada, tomando coca cola, cara de sono, mas o chicote de adestramento estava bem acordado nas mãos dela e nas costas do Mestre Logos, que parecia estar curtindo Punk Metal enquanto apanhava, se sacudindo e dizendo "Outstandind!"





Tive a oportunidade de experimentar o chicote também, mas dessa vez, nas minhas mãos... O chicote do meu Amo. 


domingo, 24 de abril de 2011

Play - partes II e III

II

Hund, Jeh, ajoelhem-se.

"- Todos aqui sabem que numa relação como essa nenhum vive sem o outro, todo Dom precisa de um sub e vice-versa. O que os põe agora de joelhos é a oficialização desta união..." - Falou Sr. Strange, o anfitrião daquele evento.

Assim, dois outros subs entregaram as coleiras aos nossos Donos, e cada um encoleirou o seu. Silêncio completo. Eu vendada, agora pude extravasar a vontade que tive outrora de chorar, mas esta era completamente diferente e deixei sair. Foi o momento pelo qual esperei muitos meses, anos, com muitas faltas e muitas coisas bem feitas. Com muitas saudades e muito carinho, muito desejo de que meu pescoço fosse ocupado, por uma coleira posta por Ele, meu Amo. O Dono dos meus mais diversos sentimentos escondidos em rosnadas e mostra de dentes.


Desejei que minha venda não fosse tirada antes que meus olhos secassem, e foi o que aconteceu. Entreguei a rosa ao meu dono. as rosas foram gentilmente entregues apenas a mulheres, soube depois.

III

Só pude abrir os olhos quando ele me colocou amarrada com pernas e braços afastados, ao lado do Hund, ambos oficialmente encoleirados, já nus, a frente de todos os participantes que daí em diante já podiam relaxar e simplesmente assistir a sessão dupla. As tornozeleiras serviram para afastar as minhas pernas e as algemas puderam ser soltas para que meus braços fossem estendidos. Eu não abri os olhos. Sei que o Sr. Strange estava muito próximo, provavelmente sentado, eu ouvia a sua voz. Talvez se fosse um sub eu teria coragem de vê-lo.


Experimentei meu presente novo. O chicote, que antes tinha doído apenas com um "teste" se fez mais pesado agora, se fez mais excitante, mais poderoso, mais Dominador. Ele me chicoteava nas costas, pricipalmente na coxas e bunda... Me batia entre as pernas, eu me sentia cada vez mais molhada... Não fossem as amarras eu me entregaria ao chão, completamente dominada pelo tesão que me vinha quando sentia o chicote arder na minha pele. Diversas vezes eu simplesmente desligava. Não sentia a próxima chicotada e até as ceras de vela das costas, que vieram também. Me desligava para não ter que pedir pra gozar, pois estava sendo assistida, e sabia muito bem disso. Mas também não queria gozar sem que meu Dono permitisse. O meu rosto e minha voz prenunciou o gozo várias vezes, e não só Ele soube disso. As subs todas sabiam também.

Já não ouvia a voz do Sr. Strange por perto, então eu já abria os olhos, mas ainda de cabeça baixa. Meu Amo, por motivos vários, resolveu pedir "ajuda" da Mistress do Hund, que já estava bem ocupada dominado quatro subs homens aquela noite, com dois agora amarrados e exibidos (Outro sub também estava ali além do Hund, visto que sobrou espaço e ninguém queria deixar sobrar nada aquela noite). Então meu Amo disse a ela que me batesse com o que achei que fosse uma cane, até mais tarde eu poder ver que era um chicote de adestramento para cavalos, presente de aniversário Dela. Meu deu uma. "Doeu?" Não, eu respondi. Foram outras três seguidas mais fortes, com boa parada para sentir, "Doeu, Jeh?" Meu Dono perguntou. Eu disse "não muito", mas essa resposta dizia o quanto eu tinha me excitado... Ela deu a Ele esse chicote, e Ele me deu inúmeras chicotadas seguidas, se me desse mais algumas eu realmente pediria para parar. "Doeu agora?" Doeu meu Amo, doeu mesmo, respondi.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Play - parte I



I


Nossa primeira play coletiva. Sentimentos contraditórios entre ciúme e fantasias pertubavam minha cabeça ás vésperas. Nada que eu não tenha conseguido segurar, suponho. Apenas meu desejos expus ao meu Amo. O restante de nada adiantaria e não foi dito que eu deveria contar o que sentia sobre o evento.

Chegamos um noite antes, correntes e móveis se arrastavam no andar da sessão onde ninguém além de Dons e do "MindFucker" poderia subir antes do horário.

Dez horas da noite, todos prontos. Sem dizer uma palavra os subs esperavam em pé na cozinha, enquanto um dos Dons achava graça em nos perturbar com teorias matemáticas finitas. Contando mais cinco minutos para o sub que chegou atrasado tomar banho, a tensão aumentava... O high protocol já estava em execução, ninguém poderia falar nada, e se o fizesse seria diretamente ao seu Dono, por permissão concedida.

Minha mão, como nunca aconteceu, suava. Minhas pernas não paravam de tremer, o que eu disfarçava ser apenas uma distração. E por isso, ali mesmo, antes de subir, eu já não aguentava meu salto.

Antes de sermos vendados, eu encarava o Hund, o cãozinho da única Domme presente. E ele ao mesmo que parecia nervoso, parecia também me dizer "somos o exemplo dessa noite". Visto que somos os únicos subs com Donos de todo o grupo. Ele já havia me dito isso e por isso o olhar dele não parava de me repetir a mesma coisa. Resolvi não encará-lo mais. E a mão agora tremia, no tempo das pernas.

Algo verde no tom do chicote que ganhei estava nas mãos do meu Dono, que nem sequer me deu segundos para ver mais, logo escondeu entre os braços. Não sei se de propósito. Havia mais de um nas mãos Dele.

Todos vendados agora. Vendas pretas. A minha era a única branca. Por motivos que depois não foram necessários. Mas eu era diferente ali por estar também com algemas e tornozeleiras presas, era o que tinha na mão do meu Amo.


A passos curtos, chegamos os subs aos poucos, vendados ficaríamos eu e o Hund por mais tempo que todos, em pé um ao lado do outro, enquanto nossos Donos se divertiam dominando, com mais um Dom, os tantos subs que tinham aceito assim, pois alguns logo cansaram de ficar em pé, ou não resistiram a curiosidade de ver o que se passava com os dominados.

Enquanto o Hund farejava, eu ouvia tudo. Ouvia, inclusive a Switcher sendo penetrada, com o que não sei, mãos ou objetos se alternavam, mas o som que o prazer dela anunciava não me sai da cabeça.... Um som molhado, ensopado, gozado aos litros (...).


Dessa mesma situação veio minha primeira sensação de que estava perdendo os modos aos que me propus: ciúme. Eu já estava mais de meia hora, mais de uma hora talvez, em pé, cabeça baixa, vendada e amordaçada, enquanto a Switcher mais do que visualmente satisfeita, acariciava meu Dono. Meu Dono, mas eu não era dona dele, assim pensava para me acalmar enquanto ele anunciava que ela o acariciava. E é claro que só sei porque Ele dizia os atos dela.

Fiquei contente de saber que não precisei de muito para me repor. Estava vendada, amordaçada, e sei bem morrer em silêncio. Mas não fiz isso. Eu me repuz. Acho que eu nem teria tido aquela reação se por um acaso estivesse com meu Amo, participando dos feitos sonoros da Switcher. Estranha minha ideia sobre dividir. De qualquer forma o que me fez realmente melhorar foi sentir meu Amo se aproximar e dizer: "Não fica com ciúme". Depois acabei concluindo que não deveria esperar essa frase Dele para melhorar meus sentimentos.


A Dona do Hund veio pegá-lo, eu continuei em pé, cabeça baixa, concentrada nos sons. Os pernilongos resolveram me pegar e meu Amo os tirou a chicotadas, literalmente. Ele sabe que eu não provoco meus castigos e, na segunda vez que O chamei, Ele chicoteou também, mas me passou um repelente, sem deixar de me acariciar e senti que não, não estava molhada, tal a tensão e concentração. Mas estava sim, muito  excitada de esperar o que viria, não importava o que seria. Agora, sem o Hund farejando, nada mais eu tinha para me distrair, não exatamente distração eu procurava. Queria relaxar, me acalmar. Por aquela noite que pedi há muito tempo, agora me bastava esperar algum tempo mais.


Quando já havia perdido minha concetração no ambiente, meus pés exigiram algo mais plano. Pedi ao meu Amo que eu pudesse deixar os saltos e ficar descalça, Ele aceitou elogiando que eu fui a ultima a retirá-los e que eu mesma avisei em outra oportunidade pouco antes que minha mordaça estava saindo. Mesmo saindo, a segurei e continuei sem dizer uma palavra.


Como tudo estava sendo narrado pelos Dons, houve uma hora em que todos riram, mas não era oportuno. Eu ri também, e levei uns tapas por isso. Não gostei, ao contrário do que diriam, me senti envergonhada por fazer o errado. Eu não provoco meus castigos.

Meu Amo finalmente me tirou de onde eu estava, depois de algumas vezes ir me acariciar, perguntar como eu estava. Me tirou de lá, me fez apoiar meus braços em algo para que eu ficasse empinada, e me deu os tapas que eu tanto esperei... Não demorou muito para me repor de pé, sem que eu pudesse me mexer de forma alguma, pois tinha algo que não me lembro atrás de mim. Minutos depois foi-me entregue uma flor, não esperava o que se seguiria.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

a Cadela

Estive pensando sobre o que é ser uma cadela. Não estou falando do significado óbvio, é claro, mas sim sobre o que é ser cadela no BDSM, nesse universo fetichista.

Antes, pra mim ou para qualquer baunilha, cadela seria muito, mas muito longe de ser comparado a algo bom, que dirá a diferença cadela X Namorada. Hoje já não faço distinção desses termos, considerando a
relação 24/7 em que vivo.






Vi uma vez uma conversas dessas de prache de primeiro encontro online BDSM, entrre as falas tinham aquelas de "estar no cio "sou uma cadela" ou "o senhor meu Dono" e tals. E hoje acho que tudo isso só se diz com muita certeza do que é. É claro que deve-se respeitar quem está do outro lado e se diz Senhor, não importa se ele é realmente ou merece ser chamado assim. Respeito é forma de educação. Mas sobre ser cadela...



Ser cadela é realmente se portar como uma. Como submissa, como escrava, como animal de estimação. Nada mais confortável e mais seguro para mim dizer que sou uma cadela e, hoje sim, me deixa mais feliz do que dizer que sou "uma Namorada". Porque eu não só o acompanho, cuido e sou cuidada por Ele, mas me porto como Ele quer, e OBEDEÇO a ele. Isso é muito mais gratificante, muito mais poderoso do que uma relação de igualdade. Sinceramente, a cada dia que passa, acho namoro uma coisa ridicula.


Tem a coisa da liberdade do Dono. Ah, sim... A linda liberdade-libertinagem. Aliás, bom tema para um próximo texto. Mesmo assim, acho que continuo me portando suficientemente merecedora do meu posto. Como disse uma vez, não sou nenhuma paranoica neste assunto. Até, depois de muita pesquisa e vigilância e chatisses, aceitaria ter uma irmã. Que inclusive adianto, tenho gana de que não seja apenas uma irmã, mas alguém com quem eu dividiria vontades também (...). E eu nunca me portaria superior a ela, a não quer que ela fizesse isso comigo, teríamos uma disputa ferrenha até que Ele ditasse os parâmetros de comportamento. E tenho dito!

Pois é, o ciúme.


Tenho problemas de ciúme que não são aparentes se forem controláveis e aparentemente normais. Esfregar na minha cara uma coisa que mais de uma vez não me agradou, isso me faz virar uma louca-ciumenta. Porque não sou "a cadela" de chat, nem vou me crescer e dizer que sou A cadela (a poderosa, a ponto de ser Dona de SI, porque já fui sim a cadela de chat). Mas, entenda-se que sou a Cadela. Sei bem meu lugar, apesar me me expor neste post com um ego maior do que se deve. Isso escrevo aqui, faço aqui, até porque estou me comparando*. Ser Cadela não é ser namorada, tampouco estar no cio 24 horas por dia, sete dias por semana ou dizer que se gosta de algo apenas porque o dono diz que gosta. é aprender a gostar do que ele gosta, por vontade própria. E é ser muito muito mais que isso, inexpressável em palavras.






*Estou esperando aparecer um bottom para dizer que nunca teve ciúme ou que nunca se comparou com outros do mesmo patamar.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Seu cheiro

 O cheiro sempre foi importante para eu lembrar as pessoas queridas, um perfume, ou algo natural. Mas é a primeira vez que fico tão fascinada com o cheiro de alguém. O cheiro do meu Dono.



E não é de hoje, e não é perfume. Seu cheiro natural me faz pensar que já estou em segurança, já estou em paz, já tenho tudo que preciso. Deitar ao Seu lado, afundar-me num abraço que de tão colado chega a ser forte, numa vontade quase egoísta de Tê-lo só para mim, ali, para o tempo que ele desejar estar comigo, é um dos meus carinhos mais desejados Dele. Só a aproximação, o deixar-se estar ao meu lado, desfilar sua presença só para que eu subentenda que tenho a quem amar, idolatrar, a quem confiar, a quem me entregar.

Tantos idolatram pés, rostos, fala, até o ato da dominação; mas o cheiro é algo que só se tem de perto, só se tem permitido pela aproximação. Antes mesmo de Tê-lo ao meu lado, amava Seu sorriso, Sua escrita, Suas mãos, Sua fala filosófica sobre tudo... Hoje amo tudo isso ainda mais. O cheiro não é absolutamente novo, nada foge do comum, mas é o TEU cheiro. É amor, e fetiche...


By JeH-[Parallax]