domingo, 24 de abril de 2011

Play - partes II e III

II

Hund, Jeh, ajoelhem-se.

"- Todos aqui sabem que numa relação como essa nenhum vive sem o outro, todo Dom precisa de um sub e vice-versa. O que os põe agora de joelhos é a oficialização desta união..." - Falou Sr. Strange, o anfitrião daquele evento.

Assim, dois outros subs entregaram as coleiras aos nossos Donos, e cada um encoleirou o seu. Silêncio completo. Eu vendada, agora pude extravasar a vontade que tive outrora de chorar, mas esta era completamente diferente e deixei sair. Foi o momento pelo qual esperei muitos meses, anos, com muitas faltas e muitas coisas bem feitas. Com muitas saudades e muito carinho, muito desejo de que meu pescoço fosse ocupado, por uma coleira posta por Ele, meu Amo. O Dono dos meus mais diversos sentimentos escondidos em rosnadas e mostra de dentes.


Desejei que minha venda não fosse tirada antes que meus olhos secassem, e foi o que aconteceu. Entreguei a rosa ao meu dono. as rosas foram gentilmente entregues apenas a mulheres, soube depois.

III

Só pude abrir os olhos quando ele me colocou amarrada com pernas e braços afastados, ao lado do Hund, ambos oficialmente encoleirados, já nus, a frente de todos os participantes que daí em diante já podiam relaxar e simplesmente assistir a sessão dupla. As tornozeleiras serviram para afastar as minhas pernas e as algemas puderam ser soltas para que meus braços fossem estendidos. Eu não abri os olhos. Sei que o Sr. Strange estava muito próximo, provavelmente sentado, eu ouvia a sua voz. Talvez se fosse um sub eu teria coragem de vê-lo.


Experimentei meu presente novo. O chicote, que antes tinha doído apenas com um "teste" se fez mais pesado agora, se fez mais excitante, mais poderoso, mais Dominador. Ele me chicoteava nas costas, pricipalmente na coxas e bunda... Me batia entre as pernas, eu me sentia cada vez mais molhada... Não fossem as amarras eu me entregaria ao chão, completamente dominada pelo tesão que me vinha quando sentia o chicote arder na minha pele. Diversas vezes eu simplesmente desligava. Não sentia a próxima chicotada e até as ceras de vela das costas, que vieram também. Me desligava para não ter que pedir pra gozar, pois estava sendo assistida, e sabia muito bem disso. Mas também não queria gozar sem que meu Dono permitisse. O meu rosto e minha voz prenunciou o gozo várias vezes, e não só Ele soube disso. As subs todas sabiam também.

Já não ouvia a voz do Sr. Strange por perto, então eu já abria os olhos, mas ainda de cabeça baixa. Meu Amo, por motivos vários, resolveu pedir "ajuda" da Mistress do Hund, que já estava bem ocupada dominado quatro subs homens aquela noite, com dois agora amarrados e exibidos (Outro sub também estava ali além do Hund, visto que sobrou espaço e ninguém queria deixar sobrar nada aquela noite). Então meu Amo disse a ela que me batesse com o que achei que fosse uma cane, até mais tarde eu poder ver que era um chicote de adestramento para cavalos, presente de aniversário Dela. Meu deu uma. "Doeu?" Não, eu respondi. Foram outras três seguidas mais fortes, com boa parada para sentir, "Doeu, Jeh?" Meu Dono perguntou. Eu disse "não muito", mas essa resposta dizia o quanto eu tinha me excitado... Ela deu a Ele esse chicote, e Ele me deu inúmeras chicotadas seguidas, se me desse mais algumas eu realmente pediria para parar. "Doeu agora?" Doeu meu Amo, doeu mesmo, respondi.

3 comentários:

  1. Jeh
    Outro texto que nos faz lembrar daquela noite de forma maravilhosa. Que ficará marcada por motivos diferentes para cada um, mas ainda assim lembrada por todos!
    Obrigada por compartilhar o texto :)
    Bjsss

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  2. Muito bom jeh!!! Tem mais, né?! ;)

    Bjs

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  3. Jeh,
    Suas palavras estão me fazendo entender um pouquinho mais esse mundo do ponto de vista maso, o qual nunca pude apreender.

    Obrigada e parabéns

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