segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Aquela





























Letra de uma canção dedicada a todas as Subs que por aqui passarem, em breve postarei uma versão demo dessa canção:

eu sou aquela
por quem não esperavas
eu sou aquela
que tu não procuravas
eu sou aquela
que nunca vais amar

eu sou aquela
que envolve tua alma
eu sou aquela
que te devolve a calma
aquela que te acalma

eu sou aquela
que podes maltratar
eu nunca me queixo
esse é o meu jeito
dizem meu defeito
mas tenho no peito
amor perfeito pra te dar

eu sou aquela
e podes esquecer
esse é o meu lugar

01-02/09/2008






sexta-feira, 18 de setembro de 2009

De flores e colibris

Você não se torna. Você abre a casca e deixa sair. Quando vê está batendo asas e aprendendo com o próprio ar. Cada ato é aprendizado e aprender com o erro alheio, que o vento segreda sorrateiro, conta muito. Então chega a hora de pousar numa flor, de escolher aquela que lhe prouverá com seu pólen e te encantará com suas cores. Flores maduras, que a vida carregam no colo há muito, que também foram sementes, que eram quase casulos, quase jaulas. E eis que estais liberto e rodeando essa flor. Talvez ambos não saibam muito sobre a vida e não tenham ouvido muito as lições dos ventos, das águas que correm subterrâneas e das gotas da chuva, talvez estejam libertos dos conselhos e dos maus conselhos e possam escolher aprender juntos, traçar seus próprios rumos e decidir como dividir seus frutos. Mas há flores que já sofreram os castigos das chuvas e de outros pássaros, Flores muitas vezes magoadas, perdidas no abismo do receio de abrir seus corações. Muitas vezes estas pobres flores não percebem as qualidades do pássaro que as rodeia e que deseja alimentar-se de seu pólen, de seus aromas. Flores que julgam na aparência jovial de um colibri a falta de experiência que nem mesmo pássaros calejados souberam demonstrar a elas. E nessa hora, resta ao jovem pássaro exercer a mais sábia lição que se pode aprender com os velhos ventos: a paciência. Pássaros novos tendem a pensar diferente dos mais velhos, tendem a ser considerados impulsivos e irresponsáveis. Acontece que os tempo mudam, a natureza muda, embora alguns desejos permaneçam. E a virtude desses novos pássaros será saber conjugar a autoridade do desejo com a conquista que só a paciência permite. Assim, quando for julgado inapto, por sua plumagem ainda brilhosa e por sua juventude exacerbada, como se isso fosse então um pecado ou uma desgraça, seja por parte de jovens flores que, ainda sem o tato da experiência, também não acreditam em seu potencial, seja pelas calejadas flores que pensam a todo momento em abandonar o jardim, por acreditar que o pássaro certo jamais irá se fazer presente, o jovem colibri deve apenas mostrar suas disposições, agindo com sinceridade e desapego, e deixar que o tempo mostre às flores que foi acerto ter se entregado aos seus cuidados ou erro tê-los rejeitados. Em suma, como cantam os ventos desde que o tempo iniciou-se, não é o tempo físico o tempo certo para a entrega e para o prazer, mas o tempo da alma, e quando duas almas, a de uma flor e a de um colibri, se encontram em sintonia, sejam filhos do mesmo dia ou de eras diferentes, nada pode impedir que o desejo seja consumado e que a fleicidade prospere no mais desvelado dos jardins, o jardim da alma.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Idade e BDSM







Quando meu Dono solicitou que escrevesse sobre a idade na relação BDSM, fiquei em dúvida sobre qual ponto de vista abordaria. Ocorreu-me então, que seria interessante colocar minha experiência, pois creio que muitas subs descobrem prazer numa relação SM depois de maduras.


Descobri o prazer na relação D/s, depois do divórcio, pois foi quando comecei experimentar outras formas de satisfação sexual e me permiti vivenciar diferentes fantasias. Confesso que me questionei sobre a idade, pois passava dos 30 anos e já não era mais uma garotinha que vivencia qualquer coisa sem maiores traumas. Além da idade, tinha um filho pequeno que morava comigo e que não me deixava tão independente para praticar algum tipo de ato que trouxesse maiores consequências.

Mas quebrar barreiras do nosso próprio preconceito faz parte de um crescimento interior, e mesmo me achando madura, decidi vivenciar algo que talvez jamais vivenciaria por medo, ou por idéias pré-concebidas de que quando passamos dos 35 ou 40 anos, devemos permanecer dentro dos padrões considerados "normais" para nossa idade.

Outra dúvida que assolava minh'alma era se algum Dom se interessaria por uma sub "mais velha". E foi com extrema alegria e satisfação que descobri que como em todos os relacionamentos, numa relação BDSM, também não existe limite de idade. O que realmente importa é nosso estado de espírito, nossos desejos e fantasias. E que quando nos propomos a realizar um sonho, sempre haverá do outro lado alguém disposto a tornar este sonho em realidade, e a idade, torna-se apenas um detalhe ínfimo.

É claro que devemos escolher com cautela a pessoa a quem nos entregar, a quem servir, respeitar e amar, e com certeza com nossa experiência e vivência temos condições de escolher os melhores. Mas se acontecerem enganos, tudo bem, faz parte da vida, do nosso aprendizado.

Então, você que está me lendo, que já passsou dos 30 anos, 40, 50... e que sente dúvida quanto ao BDSM, arregace as mangas, "faça as malas" e parta para uma viagem que talvez seja uma das mais interessantes e emocionantes dessa jornada chamada vida...


{Dama da Noite} --- Parallax